Seu nome eu não sabia, as pessoas ali presentes não diziam. Pensava ter ouvido seu nome por um instante, mas foi apenas o sussurro do vento ao meu redor. Ele citara um nome estranho, nome cigano que eu não conhecia. Citara muito baixinho no sussurro do vento, que o levou pelas árvores embora. Mas ela continuava a dançar, sem nome, sem nem pensar em parar. Seus pés levantavam poeira e desenhavam figuras no chão. Pareciam como as figuras na palma da minha mão.
Linha da vida, linha do tempo, linha indefinida. A música preenchia todo o vazio ao redor, seus olhos se cravavam nos meus como adagas furiosas, mas num furor de paixão, de uma cigana misteriosa.
De repente tudo ficou em silêncio, mas a dança continuava, agora mais eloquente. Parecia uma linguagem que traduzia o que a cigana queria dizer sem palavras, pois seu corpo falava o que ela tinha em mente. Uma misteriosa mulher, que muitos assim a viam, parecendo apenas mulher, mas que eu via através da fogueira, na sua dança ininterrupta, seu interior flamejante. Os homens ali, olhavam apenas o corpo, que parecia não cansar, eu olhava além da fogueira, o seu silêncio quebrado.
Ela fala, no silêncio, sem nem seu lábio mover, sobre o interior que ninguém conseguia ver. Passei a dizer para ela, não me lembro muito bem como foi que fiz isso, que a fogueira me mostrara, muito dela, muito mais além. Eu ouvia a sua voz, as palavras de seu interior, que a faziam bela e tão clara, quanto o fogo que a mim queimava.
Acordei do sonho. Sonhei com fogueiras… fogueiras ciganas.
MUITO LINDO SEU ESPAÇO…
QUE A DEUSA O ILUMINE CADA VEZ MAIS…
TOMARA QUE POSSAMOS TROCAR IDÉIAS,
CARINHOS LUNA )0(